A polissonografia é um exame diagnóstico fundamental para a avaliação dos distúrbios do sono. Trata-se de um estudo abrangente que monitora e registra diversas funções corporais enquanto o paciente dorme, como a atividade cerebral (eletroencefalograma), os movimentos oculares, a atividade muscular, a respiração, a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos. Esses dados permitem uma análise detalhada dos diferentes estágios do sono e ajudam a identificar anormalidades, como apneia do sono, movimentos periódicos dos membros, narcolepsia, entre outros distúrbios.

Na relação com a Neuropsicologia do Sono, a polissonografia fornece informações cruciais sobre como o sono (ou a falta dele) está afetando o funcionamento cognitivo e emocional de uma pessoa. Esse exame pode revelar a presença de distúrbios que interferem na qualidade do sono e, consequentemente, no desempenho cognitivo, na regulação emocional e no bem-estar geral. Essas informações são essenciais para o neuropsicólogo do sono, que utiliza os dados polissonográficos para compreender melhor o impacto desses distúrbios no cérebro e para planejar intervenções terapêuticas adequadas.

A Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I), uma intervenção baseada em evidências, pode ser complementada pelos resultados da polissonografia. Enquanto a TCC-I aborda os padrões de pensamento e comportamento que perpetuam a insônia, a polissonografia ajuda a identificar se há componentes fisiológicos subjacentes que também precisam ser tratados. Juntas, a polissonografia e a TCC-I formam uma abordagem integrada que visa não apenas melhorar o sono, mas também restaurar a saúde cognitiva e emocional dos pacientes.